quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A Evolução Digital da Espécie Humana

Com a aceleração do processo de digitalização impulsionado pela pandemia da COVID-19, tornou-se ainda mais relevante para as empresas terem competências digitais. O darwinismo digital, conceito que aplica a teoria da evolução de Darwin à competição empresarial, destaca a importância de se adaptar às mudanças tecnológicas e às demandas do mercado para se manter competitivo.

O teletrabalho e o trabalho remoto são exemplos de como a pandemia da COVID-19 mudou a forma como trabalhamos e como as empresas precisam se adaptar para atender às demandas dos colaboradores. Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey revelou que muitas empresas tiveram que acelerar a adoção de tecnologias digitais para permitir o trabalho remoto. Isso incluiu investimentos em ferramentas de videoconferência, comunicação e colaboração online, entre outras.

Além disso, o isolamento social e o aumento do tempo gasto em casa por muitos trabalhadores, em especial os que passaram a trabalhar remotamente, tiveram um impacto positivo na produtividade. Segundo uma pesquisa da empresa de tecnologia Microsoft, trabalhadores remotos tiveram ganhos de produtividade de até 40%, em parte devido à economia de tempo com deslocamentos e à possibilidade de gerenciar melhor seu tempo.

Nesse contexto, as empresas precisam estar atentas às mudanças e tendências do mercado e às necessidades de seus colaboradores, e investir em competências digitais para se manterem competitivas e se adaptarem aos novos cenários. A adoção de tecnologias digitais pode ser um fator decisivo para o sucesso das empresas no futuro, no contexto do darwinismo digital.


Referências:

SCHWARTZ, Evan I. The Web Principle: The Inside Story of How the Web Was Born. New York: Simon & Schuster, 1997.

MCKINSEY & COMPANY. The future of work after COVID-19. Disponível em: https://www.mckinsey.com/featured-insights/future-of-work/the-future-of-work-after-covid-19. Acesso em: 16 fev. 2023.

MICROSOFT. Work Trend Index: Annual Report 2022. Disponível em: https://www.microsoft.com/en-us/worklab/




terça-feira, 14 de fevereiro de 2023


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Divisão Digital ou Exclusão Digital? 

O termo "digital divide" ou divisão digital refere-se à desigualdade na distribuição e acesso às tecnologias digitais, principalmente a internet. A exclusão digital, por sua vez, é a condição de indivíduos e comunidades que não têm acesso ou conhecimento suficiente para usar a tecnologia de forma adequada e eficiente. Essa questão é ainda mais preocupante em um mundo cada vez mais digital, no qual muitas atividades, como educação, trabalho, comunicação e serviços públicos, dependem do uso da tecnologia.

De acordo com o relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT) de 2020, mais da metade da população mundial ainda não tem acesso à internet. Além disso, há disparidades significativas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Segundo o relatório, a porcentagem de pessoas com acesso à internet é de 87% nos países desenvolvidos, enquanto nos países em desenvolvimento é de apenas 47%.

Outro fator que contribui para a exclusão digital é a falta de habilidades e conhecimento para usar a tecnologia. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de 2019, 4 em cada 10 brasileiros não têm habilidades básicas em tecnologia da informação, como enviar e-mails, acessar sites e usar aplicativos. Essa falta de habilidades pode limitar o acesso a oportunidades de trabalho e educação, além de afetar a participação cidadã e o acesso a serviços públicos.

É importante ressaltar que a exclusão digital não afeta apenas indivíduos, mas também comunidades e regiões inteiras. De acordo com a UIT, cerca de 3,7 bilhões de pessoas vivem em áreas sem cobertura de internet móvel. Isso pode afetar a economia local, o acesso a informações e serviços públicos e a comunicação com familiares e amigos.

Para combater a exclusão digital, é necessário investir em políticas públicas que ampliem o acesso à internet e incentivem a inclusão digital. Também é importante oferecer capacitação e treinamento para que as pessoas possam desenvolver habilidades e conhecimentos em tecnologia. A educação digital nas escolas e programas de inclusão digital para comunidades carentes são exemplos de iniciativas que podem ajudar a reduzir a exclusão digital.

Em resumo, o digital divide e a exclusão digital são problemas sérios que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. É importante que governos, empresas e a sociedade em geral trabalhem juntos para garantir que todos tenham acesso à tecnologia e aos benefícios que ela pode oferecer.

Referências:

Norris, P. (2001). Digital Divide: Civic Engagement, Information Poverty, and the Internet Worldwide. Cambridge University Press.

Warschauer, M. (2003). Technology and Social Inclusion: Rethinking the Digital Divide. The MIT Press.

van Dijk, J. A. (2006). Digital divide research, achievements and shortcomings. Poetics, 34(4-5), 221-235.

Hargittai, E. (2010). Digital na(t)ives? Variation in internet skills and uses among members of the “net generation”. Sociological Inquiry, 80(1), 92-113.

Galperin, H., & Vieira, M. (2019). Digital Inclusion: Latin American Experiences. Inter-American Development Bank.

European Commission. (2017). Digital Inclusion and Skills for Growth: An Analysis of European Countries. Publications Office of the European Union.




 




EaD, ERE ou ED? Conceitos Básicos Necessários.

Com a evolução das tecnologias de informação e comunicação, novas modalidades de ensino surgiram para complementar a educação presencial, tais como a Educação a Distância (ED) e o Ensino a Distância (EaD). Além dessas modalidades, em 2020, com a pandemia da COVID-19, foi criado o Ensino Remoto Emergencial (ERE), que foi implementado em caráter emergencial para substituir as aulas presenciais. Apesar de compartilharem o uso de recursos tecnológicos para a aprendizagem a distância, essas modalidades possuem diferenças significativas.

A Educação a Distância (ED) é uma modalidade de ensino planejada e estruturada, que permite ao aluno realizar atividades de aprendizagem sem a necessidade de estar fisicamente presente na instituição de ensino. A oferta de cursos na modalidade ED é regulamentada pelo Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece os requisitos para a oferta de disciplinas e programas a distância.

Já o Ensino a Distância (EaD) é uma modalidade de ensino que se utiliza de recursos tecnológicos para viabilizar a aprendizagem a distância. Apesar de possuir características semelhantes à Educação a Distância, o EaD não possui uma regulamentação específica no Brasil.

O Ensino Remoto Emergencial (ERE) é uma modalidade de ensino remoto implementada em caráter excepcional para substituir as aulas presenciais durante a pandemia da COVID-19. Diferente do ED e EaD, o ERE foi implementado de forma emergencial e teve que ser adaptado rapidamente para atender às necessidades dos estudantes em um contexto de crise sanitária. No Brasil, o ERE foi regulamentado pela Portaria nº 544, de 16 de junho de 2020, que autorizou a substituição das aulas presenciais pela modalidade remota em caráter excepcional durante a pandemia da COVID-19.

Vale ressaltar que cada modalidade de ensino a distância possui diferenças específicas e é regulamentada por leis distintas. Além das já citadas, outras referências sobre o assunto podem ser encontradas, como:

Referências:

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2018. Brasília: INEP, 2020. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/censo-ead-br-2018-relatorio-analitico

LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Marcos. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

MOREIRA, Marco Antonio. Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas: Papirus, 2003.

SANTOS, J. R.; DIAS, R. C. Educação a distância: uma modalidade em expansão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.


Referências legislativas:

Brasil. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a oferta de disciplinas na modalidade a distância em cursos presenciais e sobre a oferta de cursos e programas na modalidade a distância. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5622.htm

Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para o oferecimento de programas de mestrado profissional por instituições de educação superior.

Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre o uso de tecnologias digitais no cumprimento das diretrizes curriculares nacionais dos cursos presenciais.

Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para o exercício da atividade de docência em educação a distância, e dá outras providências.

Portaria nº 1.134, de 10 de outubro de 2016. Dispõe sobre os procedimentos de supervisão e monitoramento de atos autorizativos de cursos de educação superior na modalidade a distância.

Portaria nº 11, de 20 de junho de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para oferta de carga horária na modalidade a distância em cursos presenciais.

Portaria nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004. Estabelece normas para credenciamento de instituições não educacionais como universidades corporativas ou como instituições especializadas em cursos de pós-graduação lato sensu a distância.

Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2018. Institui e orienta a implantação da oferta de disciplinas na modalidade a distância em cursos presenciais de educação superior.

Resolução CNE/CES nº 1, de 6 de abril de 2018. Define normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização.

Resolução CNE/CES nº 3, de 21 de junho de 2016. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada.

Resolução CNE/CP nº 3, de 18 de dezembro de 2018. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível

Brasil. Ministério da Educação. Portaria nº 544, de 16 de junho de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais de ensino-aprendizagem, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus - COVID-19. Recuperado de http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-544-de-16-de-junho-de-2020-263267369








segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023


 Conhecimento, Habilidade e Atitude (O famoso CHA)

As competências digitais são habilidades, conhecimentos e atitudes que permitem a utilização eficiente e crítica das tecnologias da informação e comunicação (TIC) em diversas situações da vida cotidiana e profissional. Em um mundo cada vez mais digital, elas se tornaram imprescindíveis para quem deseja se destacar e ter sucesso em sua carreira.

O conhecimento é a base das competências digitais. É preciso entender como funcionam as tecnologias, quais são suas possibilidades e limitações, e saber escolher a mais adequada para cada situação. Além disso, é importante estar atualizado e aprender constantemente, pois as TIC evoluem rapidamente e é preciso acompanhar as novidades para não ficar para trás.

A habilidade é a capacidade de aplicar o conhecimento em situações reais. É preciso saber utilizar o computador, o celular, a internet e outras tecnologias de forma eficiente, segura e ética. É necessário ser capaz de realizar tarefas simples, como enviar e-mails, realizar pesquisas, editar documentos, e também habilidades mais avançadas, como programar, criar aplicativos, editar vídeos e fotos.

Por fim, a atitude é o ponto de equilíbrio entre conhecimento e habilidade. É preciso ter uma postura crítica e ética diante da tecnologia, saber reconhecer suas limitações e utilizá-la de forma consciente e responsável. É necessário estar aberto a aprender e a se adaptar a novas tecnologias, e também ter resiliência diante dos desafios que elas apresentam.

Em resumo, as competências digitais são formadas por conhecimento, habilidade e atitude, e são fundamentais para quem deseja ter sucesso em um mundo cada vez mais digital. Por isso, é importante investir em seu desenvolvimento constante e buscar aprender e aperfeiçoar suas habilidades a cada dia.



Quem são os maiores competentes digitais do mundo?

Nós vivemos em uma era digital, onde a competência digital é fundamental para o sucesso em diversos aspectos da vida, seja no trabalho ou na vida pessoal. Por esse motivo, é importante conhecer quais são os países que lideram em competência digital a nível global.

De acordo com o Índice de Competência Digital Global, publicado pela Universidade de Oxford, os países mais competentes digitalmente são Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Holanda. Esses países possuem altos índices de infraestrutura de tecnologia da informação, habilidades digitais e utilização da tecnologia, além de políticas governamentais inovadoras.

A Finlândia, por exemplo, tem investido em educação digital e em programas para estimular o uso de tecnologia na vida cotidiana, o que ajudou a consolidá-la como líder em competência digital. A Suécia, por sua vez, tem uma economia altamente desenvolvida e inovadora, com empresas de tecnologia de ponta e uma cultura tecnológica avançada.

Já a Dinamarca, Noruega e Holanda possuem altos índices de habilidades digitais e utilização da tecnologia, com uma população altamente informatizada e familiarizada com as novas tecnologias. Além disso, esses países possuem políticas governamentais favoráveis à utilização da tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população.

É importante destacar que, apesar de esses países serem os mais competentes digitalmente, a competência digital não é exclusividade de países ricos ou desenvolvidos. Qualquer país pode desenvolver sua competência digital, investindo em educação, habilidades digitais e tecnologia da informação, além de políticas governamentais inovadoras.

Em conclusão, conhecer quais são os países mais competentes digitalmente é importante para entender como a tecnologia está sendo utilizada a nível global e para inspirar outros países a investirem em sua competência digital. Países como Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Holanda são exemplos de como é possível desenvolver a competência digital e melhorar a qualidade de vida da população com a utilização da tecnologia.


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